quarta-feira, 11 de junho de 2008

Nossos ídolos não são os mesmos

Não temos ídolos. Repito: a geração dos 30 anos não tem ídolos. Nossos ícones se transformam em heróis ou bandidos, com a mesma facilidade com que mudamos de site.
O que é um ídolo afinal? Pelo dicionário Houaiss da língua portuguesa é a “pessoa ou coisa intensamente admirada, que é objeto de veneração”. Assim, podemos crer que a geração passada (nascida nos anos 50, aproximadamente) conseguiu a proeza de admirar alguém com tremendo grau de idolatria.
Ah! A internet! Essa bandida tirou a paixão e o encantamento por pessoas. Simplesmente porque agora as notícias estão diante de nós, a qualquer hora, com acesso ridículo (pela facilidade). Fica difícil ser ídolo quando todos divulgam segredos e pensamentos (mesmo que muitas vezes mentirosos).
A verdade é que nossos ídolos não são mais os mesmos. Ninguém defende ninguém com unhas e dentes. Simplesmente porque sabemos que eles são também humanos e que, por isso, podem errar (feio) muitas vezes.
Perdemos a pureza desse sentimento. O valor da dedicação e da admiração. Os ídolos deixaram de ser inatingíveis e se tornaram frágeis seres humanos (exatamente como nós). Essa igualdade nos torna mais “adultos”... enquanto o amor incondicional por uma personalidade fazia com que toda uma época não amadurecesse jamais.
Confesso que a segunda parte me parece mais interessante. Uma pena.

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