terça-feira, 17 de junho de 2008

Em busca do mar

Em frente ao mar o mundo se faz possível. Afinal, todos os continentes estão cercados de água – seja lá qual for o oceano. Se você olhar aquela linha fina entre a água e o céu, vai ter a sensação de que nada é tão longe. De repente, a China, o Japão... estão logo ali! Depois daquela imensidão salgada.
O mar me faz perceber que as coisas sempre podem mudar. Tal qual a maré. Uma ressaca pode render muros quebrados, avenidas alagadas e um jardim de areia. Mas, dois dias depois, o céu se abre e tudo está calmo. Assim é a vida, não é? Nossa maré pode ficar cheia ou baixa, mas o balanço das ondas é diário... Poético, porém verdadeiro.
O mar traz a poesia quando o infinito aponta o horizonte – que escolheu a praia para se mostrar. Assim como quando Iemanjá joga os seus cabelos no reflexo da lua e o sol. Essas são as provas de que a beleza está ao nosso alcance. Basta olhar.
Sinto falta disso. Mas, assim como cantou João Bosco em Corsário: “Vou buscar a mão do mar/ Me arrastar até o mar/ Procurar o mar”... Sempre. Até voltar.

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