quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Romantismo do Cineminha

Morar em Santos tem suas vantagens. Aliás, bairrista que sou, diria que têm todas. Mesmo a distância (já que hoje só “estou” em férias, feriados e finais de semana) sempre vale a pena...
Só em Santos é possível misturar maresia e cinema, por exemplo. Sim. Lá existe o lugar certo: Cine Arte Posto 4, que fica no canal 3 (Posto 4 no canal 3? Tem um “quê” português,né?), Gonzaga - para quem não sabe Santos é dividida por 7 canais, por um motivo que vai além dos meus conhecimentos.
Enfim, no meio do jardim da praia (o maior jardim por extensão no mundo, já no Guiness Book- olha o orgulho!) existe uma sala de cinema. Tem coisa mais charmosa? Ou seja, atrás dela temos areia e mar! E para os amantes da 7ª arte, na programação, apenas filmes fora do circuito comercial como os franceses, dinamarqueses, irlandeses, italianos, argentinos, nacionais, entre muitos outros.
No postinho ou cineminha (como é conhecido) só existem três sessões diárias e os filmes alternam a cada quinta-feira. Um por semana. São poucos lugares para sentar e tem ar-condicionado fortíssimo (é um frio danado lá dentro). As cadeiras poderiam ser muito mais confortáveis, mas valem pelo ar nostálgico e pitoresco do local.
Ah! Em noites lindas de verão o filme pode ser assistido na laje, em cima do posto. Num drive-in sem carros, apenas cadeiras e o telão, tendo como pano de fundo o mar... Ai que saudades disso...
Isso é viver em Santos (e é maravilhoso). Aqui (estou de férias, por isso o “aqui”) não temos – nem de longe – tudo o que São Paulo oferece, mas temos uma nada sutil diferença: o mar, a maresia, o horizonte! Lugares como esses só provam que sabemos aproveitar tudo isso. Viva Santos!

Casablanca. Romance ou ficção?

Viver em Casablanca não deveria ser tão mal. Mercado de pulgas, daqueles que se você for amigo do “rei” (Rick) o preço era de banana; e um bar cheio de charme, do mesmo homem cheio de charme. Mas o charme era diferente... de um tempo em que fumar era coisa de galã.
Assistir Casablanca, nos dias atuais, nos faz perceber que os galãs estão em falta (seja com ou sem cigarro). Nosso “novo tempo” tem falta de homens tão apaixonados que abdicam (por amor) dessas doces mulheres - apenas porque sabiam que era o melhor a fazer (os galãs sempre sabem o que é melhor a fazer (ninguém discorda disso).
É claro que os homens “de hoje” (e eu detesto essa expressão) se apaixonam, sofrem e se embebedam por alguém... Mas quantos largam esse alguém daquela maneira que só o cinema dos anos 40 poderia fazer? Ah... o romance. Uma década de puro romantismo... Como seria viver no tempo de Bogards, Grants e Waynes?
Vestidos longos e amores intensos. Cigarros no canto da boca e bares com ares de cabaré. Danças e músicas melosas (nem vou comentar sobre as músicas – ou não pararei de escrever).
Hoje vivemos no mundo da reciclagem. Da sustentabilidade. Tudo é separado em lixos coloridos. Inclusive, o amor. Troca-se facilmente... a cada dia. Basta escolher a cor da tampa (vermelha, azul, verde ou amarela).
Claro que nos anos 40 também havia a tristeza da guerra, das perdas materiais e, principalmente, da perda de pessoas, entes queridos que não voltam mais. Nisso, não há romantismo algum. No entanto, no amor, os galãs do cinema eram intocáveis. E, por isso, infinitamente melhores.
Hoje, o cinema traz mocinhos quase reais. Problemáticos, chatos e até grosseiros (assim como na vida). A perfeição vem apenas com a beleza dos Pitts, Clooneys ou Cruises.
Nossos mocinhos viraram bandidos - e, ainda assim, nos sentimos atraídas. Tudo mudou. De repente, viver um grande amor passa a ser uma aventura, um suspense, quase uma ficção... o romance? Ficou em algum lugar entre Casablanca e a minha fantasia.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sinais

Quem acredita em sinais? Eu acredito - sou crente por natureza. E tenho certeza: os sinais estão por toda parte.
Pode-se começar pelo exemplo das mulheres. A maioria crê, por exemplo, nos sinais vindos do telefone. “Se eu ligar para ele e der ocupado é sinal que não devo ligar mais”. “Se eu ligar (de novo) e der ocupado (novamente) é realmente um sinal”. “OK. Melhor de cinco” (acreditamos nos sinais que podemos burlar!)
Mas... e quando esses sinais são explícitos e, talvez, vindos de outro planeta? Aconteceu em Santa Catarina, numa cidade do interior qualquer (não lembro o nome). Desenhos foram feitos em uma plantação da noite para o dia (tipo o filme do Mel Gibson). E aí? Alguém se habilita a explicar?
Confesso que nunca paro para pensar nessa coisa de “extraterrestre”. Não é meu tipo de assunto. Mas sempre defendi que seria prepotência demais acreditar que só na terra tenham seres vivos e pensantes.
O que será que esses caras querem dizer com os sinais? Por que círculos, traços e símbolos em plantações? E, na boa, por que tanto mistério?
Se eles conseguem ter naves espaciais, se são melhores preparados para explicar a origem dos planetas e da nossa evolução, por que diabos não aparecem para ensinar? Sinais em plantações só geram suspeitas e medos. Não dizem nada.
Por isso, queridos ETs, mandem uma carta (email pode ser considerado como vírus) avisando que vocês existem, e que adorariam fazer contato.
Nós prometemos ser bacanas, ouvir tudinho e ainda aprender a diagnosticar seus sinais estranhos - desde que não sejam de uma linha ocupada.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

As voltas do mundo moderno

Amanhã faz aniversário um dos homens que mais amo na vida. Um dos significados da minha tatuagem. Um homem que admiro, defendo e critico as vezes (mas apenas eu posso! Que fique claro!). O melhor amigo que tenho e que ficará na minha vida (e no meu corpo) para sempre (e disso não tenho a menor dúvida).
Para homenageá-lo, decidi publicar um de seus contos:
As voltas do Mundo Moderno - Por Bruno Julião

Com os olhos cheios de lágrimas – uma mescla de alegria e pânico – ele diz a ela:
- Precisamos falar sério. Tenho que te contar uma coisa.
- Pode falar. – ela se mostra indiferente e impaciente.
- Olha, não quero te pressionar nem nada, isso não foi uma decisão, mas quero saber se estamos nessa juntos?
- Juntos aonde? Fala de uma vez.
- Você está grávida.
- Que?!? Como?!?
- Sério. Fica calma. Você está grávida mesmo.
- Como você sabe ao certo?
- Ah, homens sabem essas coisas. E isso não vem ao caso agora. Você está grávida e precisamos pensar nisso juntos, não acha? – sua expressão deixa bem claro que teme a resposta.
- Mas espera um pouco. Não fomos até o fim. Como isso pôde acontecer? Você tem certeza? Assim... De tudo?
- Tudo o que? O que você está querendo dizer com isso? Acha que o filho não é meu? É isso?
- Não. É. Talvez. Olha, não sei. Primeiro essa história de gravidez... Muito estranha. Acho que é melhor esperarmos um pouco. E também, agora o momento é muito ruim pra mim. Tenho trabalhado até tarde, estou pleiteando um período na Europa pela empresa e, se isso não rolar, estava pensando em uma pós-graduação. E sejamos sinceros, tem mais que isso, vai? Nos conhecemos há muito pouco tempo. Saímos umas duas, três vezes...
- Três. – ele interrompeu – Você não está nem ai pra mim, não é? – o choro já começava a desabrochar em seu rosto.
- Não é isso. Mas não nos conhecemos direito. Não tenho certeza que, se realmente eu estiver grávida, o filho seja seu. Não temos nada em comum. Você sabe que filho poderia estragar uma carreira de sucesso? Isso já aconteceu com algumas amigas minhas. Vamos esperar ter a certeza, talvez até um exame de DNA. Num é melhor?
- Por acaso você está achando que tenho cara de idiota? Esse papo de “não tenho certeza que estou grávida” – ele tenta imitá-la afinando a voz – E você me ofende falando assim. Você sai dessa como a gostosona e eu como o otário da situação, é isso? O Corno que tem um filho sem mãe?
- Não, não foi isso que quis dizer. Desculpe-me. Mas é que a situação é complicada. Tudo bem, suponhamos que eu esteja de fato grávida e o filho seja seu, o que faríamos daqui pra frente? Como sustentaríamos a criança? Você sabe que teria de largar emprego, pelo menos por meio ano, pra poder cuidar da criança? Já pensou nisso? E a faculdade então? Não teria como acabá-la tão cedo. São motivos relevantes pra repensarmos isso, não?
- O que você está sugerindo então? Abortar? É a isso que você esta tentando me induzir? Aborto?! – agora ele falava com raiva.
- Calma, são só idéias. Temos de pensar em todas as nossas alternativas. Você já contou pra alguém?
- Não. Estou com medo de contar aos meus pais. Eles vão ficar muito decepcionados ao saber que seu filho, que nem é casado, vai ser pai. Vai ser a morte para o meu pai. Por isso falei com você primeiro. Se decidíssemos ficar juntos, e contar juntos pra eles, acho que amenizaria a situação um pouco.
- Você ta louco? Ficar juntos? No que você ta pensando? Casar? Namorar? Desculpe mas, quem é você, menino?
- Espera. Calma. Não me trata assim. Eu não estava pensando em casamento ainda. Só achei que se nos conhecêssemos melhor poderíamos ficar bem, se gostando. Calma, não fala assim comigo. – ele já estava desesperado.
- Olha, eu vou pra casa pensar. Tenho de falar com meu pai sobre isso. Não sei. Eu te ligo mais tarde pra discutirmos isso. Não posso tomar decisão nenhuma agora. Meu pai é advogado e ele saberá o que fazer.
- Que horas você vai me ligar?
- Não sei. Eu ligo.
Naquela noite ele não dormiu. Ficou com o telefone na mão, abrindo-o de hora em hora para saber se havia bateria e sinal.
Quando eram perto das seis da manhã, seu celular recebeu uma mensagem dela dizendo: “saia ao portão agora”.
Ainda de pijamas e chinelos, ele saiu ao portão tentando, inutilmente, esconder as olheiras e as ressecadas lágrimas não lavadas em seu rosto.
Ela estava com a mesma roupa do dia anterior e, ele logo percebeu, embriagada. Estava na cara que ela não havia ido pra casa falar com o pai nem nada.
Atrás dela, estacionado do outro lado da rua, o carro dela ainda estava ligado e ele podia perceber que as suas amigas estavam dentro. De certo haviam saído para beber e falar de outros homens, buscando esquecer ele – seu problema.
Dócil, ele abriu o portão, titubeou em beijá-la e falou:
- Bom dia. Quer entrar pra conversar?
Ela, sem abrir a boca, sacou da parte de trás da sua calça jeans uma faca, rasgou violentamente sua barriga, e correu de volta ao carro.
Ele, caído de joelhos e já desfalecendo, apenas teve tempo de dizer:
- Eu crio sozinho... Juro. – estava morto.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Tá chegando?

A sensação das férias é a mesma vivida pela criança que está viajando com o pai e pergunta sem parar: Tá chegando? E nunca chega (ou demora muito, claro).
Estou nesse momento “pré”. De repente todos os trabalhos, que estavam praticamente resolvidos, começaram a dar problema. Todos os orçamentos mais bacanas estão pipocando para serem captados.
Isso (é claro) é uma conspiração que suspira (e até grita) contra os meus “dias raros” (como diria meu amigo Carrascoza) – aliás, cada vez mais raros.
A gente vai ficando mais velho e vai perdendo os vínculos. Somos obrigados a largar da barra da saia da mãe e da calça do pai, depois passamos a pagar nossas próprias contas (correndo sempre o risco da demissão) e ainda perdemos (um pouco depois) o vínculo empregatício. É fato. Conheço pouquíssimas pessoas que têm (na minha área) carteira assinada, fundo de garantia, etc.
Sendo assim dias de folga são mesmo raros. Afinal, parar de trabalhar equivale (também) a parar de receber. Como se apenas os seres humanos “de verdade” merecessem tais dias. Chegamos ao cúmulo de imaginar que as pessoas devem mesmo continuar trabalhando, para não perder o ritmo, nem perder o mercado (?) – como se esse segundo fosse perceber que você ficou 20 dias sem ganhar um tostão.
Esse é o mundo capitalista. Nele, o dinheiro pode e cobra tudo. O problema está em ganhar esse dinheiro... Hummm, aí o bicho pega. Tem que ralar, ralar... para só então: não ficar rico! Sim, eu escrevi certo: NÃO ficar rico mesmo – já viu alguém que trabalha muito ficar? Eu nunca.
Bobagens e reclamações a parte, sairei de férias. Se Deus, a TV e os clientes ajudarem, no fim da semana que vem. Mas hoje, tenho a sensação de que 2009 virá antes dos meus dias raros. Muito antes (talvez chegue amanhã)! E... com muito mais trabalho.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Maria sem peixeira

Somos todos destruidores por natureza. Destruímos, poluímos e, em alguns casos, incendiamos. Depois gritamos que o mundo precisa de ajuda. Quão incoerente isso é?
Antes de falar de uma situação extrema, falarei do básico: Sacos plásticos, consumo excessivo de água, lixo reciclável. De verdade ninguém mais aguenta divulgar a sustentabilidade. TODAS as empresas querem provar o quando sua produção não agride, não polui, não ameaça ninguém. Em geral, blá blá blá. Sim, até porque nós, consumidores, somos os primeiros a pecar.
Quem nunca tomou um banho longo que atire a primeira pedra! Quem nunca jogou no lixo comum produtos que poderiam ser reciclados? Somos assim. E esse é o problema.
Porém, nada é tão horrível quanto saber que tem gente por aí que provoca incêndio, mata bichos e destrói reservas florestais como a Chapada Diamantina. Como é que pode?
Eu já fico indignada com quem solta balão em festa de São João (é lindo, mas perigoso demais). Mas, no caso da Chapada, o que será que essas pessoas pensaram? Imagina: “Hoje eu acordei com uma vontade tremenda de destruir, ver o fogo tomar o lugar do verde e matar muitos bichos”. Será mesmo que existem pessoas assim?
Um biólogo falou que a destruição foi avassaladora, e acabou com cerca de 50% da reserva, além de aniquilar muitos ninhos (é época de reprodução). Tudo isso terá deixado o incendiário feliz? Pela manhã, vendo o que fez, ele terá pensado: “Deu certo!”? Não é possível. Talvez (e se for humano) tenha pensado: “Que merda que eu fiz?” De qualquer maneira é culpado e não tem volta.
Bom, eu não ajudo o Green Peace; não ajudo a SOS Mata Atlântica ou nenhuma outra ONG séria que está atrás de matadores de baleias ou jacarés. Mas, num dia como hoje, eu gostaria de ser justiceira (tcha, tcha, tcha – diriam os Mutantes). Me vestiria de Maria Bonita e sairia pela mata (nada de serrado) atrás de imbecis acéfalos (caso tivessem a cabeça, cortaria. Afinal, de nada servem).
Mas... não sou. Infelizmente nada farei a não ser continuar reciclando meu lixo e tentando tomar banhos curtos.
Dizem que “essa é uma terra de ninguém”. Talvez seja mesmo... Um dia ainda veremos a placa de “ALUGA-SE” e, o pior, não vamos nos chocar.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O trabalho enobrece o homem

“O trabalho enobrece o homem”. É o que dizem por aí. Quem pode discutir sobre isso? Ou melhor, quem quer discutir sobre isso?
Eu nunca vi nobres “de verdade” trabalharem. Príncipe Charles, por exemplo, não trabalha. Seu pai, príncipe alguma coisa, também não. Ambos são bem nobres para mim e para o planeta, não? Eles caçam! Só os nobres caçam como esporte! (tenho quase certeza disso)
Quem criou uma frase como essa não parou para pensar. Claro que “enobrecer” vem da nobreza, mas não é por isso que nós, pobres mortais, teremos um palácio só porque trabalhamos. OK. Mas quem é que se sente enobrecido (não vou usar nobre para não esnobe demais) trabalhando?
As pessoas trabalham por duas coisas: porque precisam de dinheiro ou porque querem mais dinheiro. Eu me encaixo na primeira turma e ainda não me senti nobre por isso.
Adoraria ser nobre. Só dispensaria mesmo o tailler. O resto, me encaixo. Grandes festas de gala, tipo “Sissi” (sem pretensão de virar imperatriz, nesse caso), jantares, encontros, jardins, cavalgadas... Só as coisas bacanas, claro. Ninguém, que não é nobre, pensa na nobreza como problema. Claro que devem existir muitos deles, mas todos ignoráveis nesse momento.
Por enquanto, a gente trabalha. Trabalhamos sabendo que dificilmente teremos um jardim digno, mas vamos torcendo por uma rede na sombra (com brisa de preferência) e, quem sabe, algumas viagens baratinhas, quando demos a sorte de tirar umas férias ou mesmo ter um final de semana.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Traição Feminina

História 1
Ele chegou ao trabalho tão cedo que os colegas olharam estranhamente. Usava a mesma calça e a mesma camisa do dia anterior. Tem olheiras profundas. Quando perguntado sobre o que aconteceu, disse apenas: Cheguei em casa e tudo estava trancado, ela disse que nunca mais abriria a porta. Por quê? – todos perguntam em uníssono. Ele responde que não faz idéia (por puro orgulho).

História 2
Sempre desconfiou. Uma mulher fogosa, bonita e gostosa (como muitos queriam) não seria fiel justamente com ele. Algo estava errado. A certeza era tanta que resolveu agir. Ela disse que iria para a academia (como todos os dias). Enquanto se arrumava, ele gritou da porta que iria até a padaria, só que foi à garagem e entrou no porta-malas do carro dela. Ficou esperando. Ela saiu com o carro, buscou alguém – ele ouvia as vozes -, e quando estacionou, ele saiu do carro e gritou: Eu sabia! – estavam na garagem de um motel.

História 3
Tinha a melhor de todas as mulheres. Daquelas que chamava atenção por onde passava. Todos (todos mesmo) olhavam para ela. Vivia um mundo cor de rosa quando um dia, chegando em casa, ele reparou em roupas jogadas pela sala, corredor... a porta entreaberta mostrava algo que ele não queria (ou esperava) ver: sua mulher nua beijando outra mulher. A cena, que todos os homens gostariam de presenciar, foi um choque no seu mundo ideal. Sua reação foi óbvia: gritou e chorou como apenas uma mulher saberia fazer.