quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O trabalho enobrece o homem

“O trabalho enobrece o homem”. É o que dizem por aí. Quem pode discutir sobre isso? Ou melhor, quem quer discutir sobre isso?
Eu nunca vi nobres “de verdade” trabalharem. Príncipe Charles, por exemplo, não trabalha. Seu pai, príncipe alguma coisa, também não. Ambos são bem nobres para mim e para o planeta, não? Eles caçam! Só os nobres caçam como esporte! (tenho quase certeza disso)
Quem criou uma frase como essa não parou para pensar. Claro que “enobrecer” vem da nobreza, mas não é por isso que nós, pobres mortais, teremos um palácio só porque trabalhamos. OK. Mas quem é que se sente enobrecido (não vou usar nobre para não esnobe demais) trabalhando?
As pessoas trabalham por duas coisas: porque precisam de dinheiro ou porque querem mais dinheiro. Eu me encaixo na primeira turma e ainda não me senti nobre por isso.
Adoraria ser nobre. Só dispensaria mesmo o tailler. O resto, me encaixo. Grandes festas de gala, tipo “Sissi” (sem pretensão de virar imperatriz, nesse caso), jantares, encontros, jardins, cavalgadas... Só as coisas bacanas, claro. Ninguém, que não é nobre, pensa na nobreza como problema. Claro que devem existir muitos deles, mas todos ignoráveis nesse momento.
Por enquanto, a gente trabalha. Trabalhamos sabendo que dificilmente teremos um jardim digno, mas vamos torcendo por uma rede na sombra (com brisa de preferência) e, quem sabe, algumas viagens baratinhas, quando demos a sorte de tirar umas férias ou mesmo ter um final de semana.

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