segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Rir ou chorar?

Quanto vale o seu perdão? Já pensou sobre isso? Por que será que nosso pedido de perdão é mais importante que o do outro? Somos mais sinceros (claro). Mas... todos somos, certo? E é aí, que a história se complica.
Hoje me fizeram pensar nisso. Muitas vezes esquecemos que perdoar é também aprender, é mostrar que somos capazes de amar. Mas as vezes é tão complicado...
Mesmo quando esquecemos o real problema, quando nem nos lembramos mais daquela pessoa que magoou tanto, que foi embora, que traiu, que nos matou por dentro (ao menos um pedaço)... quando ela nos vem a memória tudo parece voltar. A mágoa, a raiva, o rancor. Mas isso vale?
Vale nada. Coisa nenhuma. A falta do perdão é muitas vezes puro orgulho. Uma tentativa, sem nenhuma vantagem, de ser grande, melhor, absoluto e (muitas vezes) vítima. Afinal, é tão melhor ser o coitado da história. Dá menos problema. Acusamos alguém de nossa tristeza, e pronto. Todo mundo entende e te dá atenção.
Ego. Nessa hora é o ego quem manda na cabeça da gente. Perdoar é bacana (dizem), mas difícil pacas. Não fomos criados para oferecer a outra face assim... numa boa. A gente quer que o outro sofra. Não acreditamos que o outro não tenha feito por mal, não tenha pensado em como te magoaria. Mas, talvez ele tenha feito apenas o que era melhor para ele. Assim, sem pensar mesmo. O difícil é encarar a (nossa) vida depois do perdão, isso sim.
Dizer que tudo passou, é mentir. Dizer que não lembra da dor, é auto traição. Mas confessar que está disposto a ser feliz, pode virar realidade.
Pensando nisso tudo, chego a conclusão que o mais difícil do perdão não está no ato em si. Está na continuidade dele. Se você perdoa não pode mais se queixar e tem que encarar a vida de frente. Fazer com que o simbolismo dessa atitude te dê a coragem para ser feliz a partir dela.
E ser feliz é muito, muito mais complicado do que perdoar – mas é também muito, muito, muito mais divertido.

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