sábado, 1 de maio de 2010

Entre a cabeça e o coração

Ela domina, destrói, constrói, cria, inventa, aumenta, diminui, decepciona, emociona, encanta, crê, duvida, acredita... e dói. Essa é nossa cabeça. Tudo o que queremos ou não queremos tiramos dela. É ela que dá a vida ao nosso pior temor e ao nosso maior desejo.
Desejo. Palavrinha complicada essa. Nos envolve em momentos diferentes e com ligações desconectas entre o raso e o profundo. Um sentimento (ou seria uma sensação?) que te leva para profundezas ou superfície em segundos, mas nada diz de concreto.
Voltando à cabeça: ninguém consegue ao certo decifrar a nossa cabeça. Nosso cérebro está aqui (no topo) como algo adjacente, à parte do resto (ao que parece, claro). Como pequenos homenzinhos trabalhando, sem que entendamos no que (exatamente) trabalham.
Nossa cabeça é um ser humano diferente da gente. Ela acaba com você em segundos, ao mesmo tempo em que depois te joga para cima. Cabeças são estranhas paralelas nesse mundo nada mágico. Te persegue, te entrega, se arrepende e... pensa. Como pensa.
O sorriso burro e paranóico não é 100% válido. Ajudaria, mas não em tempo integral. A paixão, o medo e o amor são sentimentos que independem de intelectualidade. Simplesmente porque sofrem sérias influências do coração. E esse moço, bate no peito sem nenhuma restrição ou timidez. Pode parar por instantes, para então voltar a bater ainda mais rápido. Mas nunca, nunca entendeu uma única palavra dita pela tal cabeça. É um bobo emocional incapaz de captar um só sinal. Não conhece entrelinhas, mas um olhar é capaz de fazê-lo saltar pela boca. Tudo isso porque apenas demonstra aquilo que a parte de cima, se nega a acreditar (ou assumir). Um completo imbecil, nada racional.
O equilíbrio entre os dois? Não existe. No momento certo, a opção (e decisão) vai ser sempre a sua - e isso (nesse caso) não quer dizer nada. Acredite.

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