Sou aquela que escreve
Sem ego ou poesia
Aquela que sente
E por isso precisa da caligrafia
Sou a imbecil que chora
Mesmo quando reconhece o anúncio
De uma notícia antiga
Declarada em um novo rádio
Sou a mesma que acredita
Aquela que crê em sinais
Que pula as ondas de um manto azul
Que vê na chama de uma vela o recomeço
Sou a filha que ama
Que não deixa de ser criança
A amiga, a irmã na mesa do bar
Aquela que não deixa de estar
Só sei viver com amor
Seja ele de dor
De riso ou frescor
Desde que venha inteiro e sem mágoa
Sou cética
E crente
Brava
E dedicada
Sou tantas e uma só
Sou tudo e nada
Sou eu e são todas
Mulheres sem mente e apenas um coração.
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