segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Rascunho da intuição

Se entender toma tempo (melhor português: entender-se toma tempo). Aliás, muito tempo. Quando vemos estamos (há anos) tentando uma explicação válida para o que nem sabemos direito. Complicado.
Talvez existam pessoas que simplesmente sabem. Ou aquelas que sabem da complexidade, mas preferem ignorar por completo (justamente por isso?). Seja como for, não é meu caso. Não entendo muitas coisas. Assim como não consigo ignorar nada.
Uma criatura pra lá de atormentada que conheci recentemente avisou que, quando morta estiver, vai tomar satisfações com o Criador. Pretende questionar do por que não nos lembramos dos problemas vividos em outras encarnações. Segundo ele, a lógica divina é burra. Afinal, por que precisamos passar por tantas coisas (novamente) a fim de aprender o que já poderia estar sabido?
Confesso que é, no mínimo, intrigante. Porém, numa outra conversa - em que citei o moço acima - soube, por outras grandes figuras, que, na verdade, a gente deve usar da intuição para decidir as coisas. Toda a nossa (pouca) sabedoria está no âmago de cada um. Por isso, devemos saber nos ouvir.
Bom, para quem mal consegue se entender, ouvir a si mesmo é quase uma tormenta. São tantas vozes, tantos conceitos a serem questionados, analisados e devidamente defendidos, que uma pessoa como eu não teria tempo. Mesmo.
Claro que, pensando bem, tenho meus “cinco minutos”. Aqueles dias que dá uma coisa estranha em que você não vai onde combinou, não faz o que deveria, nem fala com ninguém. E aí, você não sabe bem como, mas sente que está fazendo a coisa certa. Intuição?
Bom, pensando nas prioridades resolvi fazer uma lista (adoro listas) de coisas que quero, espero e tenho esperanças que aconteçam. Decidi que antes do papel “concreto” e registrado (em cartório nenhum), eu faria um rascunho. E... bom, estou nele há semanas. Cada vez que leio penso em outra coisa. Risco aqui, coloco ali, ordeno acolá.
Por isso, minha única resolução (absoluta) atualmente é: não definir nada. Meus planos são baseados nos acontecimentos. Acredito que a vida segue, ruma, te sopra para algum lugar... e conforme vamos conhecendo a maré, vamos também trocando o barco, o remo... Vai ter hora em que é melhor nadar, noutras teremos um iate (quem sabe?).
Mas, o mais importante é que a vida seja assim como o mar: sem fim e com a brisa soprando (deliciosamente) a nosso favor!

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