quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Muitas vezes e cada vez melhor

Quem erra, em geral, aprende com o erro para não repeti-lo, certo? Errado. Na maioria das vezes não aprendemos nada. Simplesmente vamos repetindo, repetindo... até colocar a mão na cabeça e pensar “eu conheço essa história”.
Acho que é normal (quem?). Existem coisas que a gente, simplesmente, ignora o lado correto (e sabe disso) porque, mesmo que tudo mostre o contrário, realmente acredita que (dessa vez) vai conseguir mudar a situação.
Bobagem. Nunca conseguimos. Mas, adoramos nos iludir (é tão bom...). Principalmente as mulheres (sempre elas). Quando vemos: lá estamos nós (novamente) traçando o caminho incerto de uma história duvidosa – seja ela qual for.
Talvez todo esse conflito, que vive embutido em um discurso insólito, venha do fato de que quereremos sempre mais. Mas, ao contrário do que muitos pensam, essa não é uma exigência (apenas) feminina. Vinicius de Moraes é um bom exemplo. Buscou a felicidade no casamento 9 vezes – simplesmente porque queria viver a condição de “estar apaixonado”. Ele ainda garantia que “ser homem é sofrer desse destino” – e acreditava que a “luz” (mesmo que um pouco turva) vinha das mulheres (de cada uma delas).
Bom, o fato é que o poetinha errava sem medo de se repetir (e ele se repetiu muitas vezes). Acreditava que, na verdade, estava buscando, clareando e conhecendo um caminho mais florido para sua estrada. Era um homem destemido e maluco (devemos admitir). Mas... estava errado?
Ora, se errar faz parte da vida, acertar também pertence ao nosso histórico não? Afinal, quem cai se levanta (em algum momento). Depois, de repente... assim... meio sem querer começa a gargalhar da queda que levou, ficando chocado quando (enfim) percebe que o tombo melhorou (pelo menos) o seu humor e que, por isso, pode (sim) começar tudo de novo.

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