terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A incansável leveza do ser

“As mulheres querem e não querem ser independentes”, já diria Leila Diniz. Verdade não absoluta, mas nem por isso menos importante. Ora queremos a solidão (para reflexão e coragem), ora queremos o vestido de noiva em uma casa de bonecas.
Woody Allen garante que o drama psicológico faz parte da vida de homens e mulheres que querem “até” casar, desde que mantenham o apartamento de solteiro como uma garantia mental, digamos assim.
Mas somos nós, as mulheres, que garantimos o verdadeiro terror emocional. E não, não estou falando das intermináveis discussões de relacionamento, mas do terror que fazemos em nossas próprias cabeças pensando, criando histórias (que, em geral, nunca existem), revelando, argumentando, cuidando, sofrendo...
Se a crise ocorre perto da TPM então, nem se fale. Somos traidoras de nossa própria dignidade e inteligência. Conseguimos destruir nosso sorriso - mas sem fazer mal a ninguém, a não ser a nós mesmas – diria Cazuza.
Lamentos quase sertanejos de momentos derradeiros, em uma história (real) mexicana. Somos assim. Mas apenas (e apenas mesmo) por um bom motivo: a busca por algo melhor. A sensibilidade exacerbada de uma mulher faz com que sejamos também mais sensíveis nas escolhas e nas observações.
Queremos e não queremos tantas coisas... mas sabemos exatamente o que não vale querer de jeito nenhum.
A gente discute demais, argumenta demais e fala demais. Simplesmente porque exige que a vida dê mais do que já dá. E pode dar. Sabemos que sim.
Temos o verbo “querer” como premissa sagrada e, a partir dele, conquistamos o mundo, o poder e mais problemas (claro). Só que, ainda não conseguimos lidar muito bem com a felicidade plena (muito complicado ser 100% feliz). Mas chegaremos lá. Juntas ou não.

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