quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Futebol-Arte?

Robinho é de São Vicente. Ele não é de Santos, apesar de ser endeusado por lá graças aos muitos gols feitos na Vila mais famosa do mundo.
Ronaldo, o fenômeno, é carioca. Apareceu para o mundo no Cruzeiro. Hoje joga (dizem) no Corinthians. Isso, talvez, indique que o menino do Rio aprendeu o jeitinho mineiro.
Os dois atletas têm algo em comum: a sacanagem. Sim, porque balada, pra jogador de futebol, já é rotina. Já a sacanagem... ainda está para poucos.
O garoto da baixada (porque quando santista gosta do cara, ele vira da baixada – quando não, é de São Vicente, Praia Grande e por aí vai) pecou. O goleador simpático, sorridente, educado e casado (alguém precisa lembrá-lo dessa última característica), esqueceu de tudo isso e virou capa de jornal policial por ter cometido um estupro. Precisava?
Ronaldo fez parecido. De um cara pacato, contundido e (até) bem inteligente (sempre me impressionou o fato dele falar holandês), passou a gordo, fumante, baladeiro e pegador de travestis. Um fenômeno!
Tudo bem... eles podem errar. Faz parte do ser humano (ou seria da fama?). De repente o Robinho roubou um beijo, ela se interessou, mas quando desistiu, ele resistiu e ela achou que poderia ganhar alguma coisa com isso. Com Ronaldo não foi muito diferente. Pode ser que tenha ‘apenas’ exagerado na bebida e, por isso, se enganou (três vezes – realmente um fenômeno) e a (quase) menina viu que poderia ganhar com isso (e ganhou).
OK. Toda história tem 3 versões certo? Mas mesmo assim... eles são exemplo para um monte de moleques bobos que sonham com fama, fortuna e uma bola no pé! Será que sabem disso?
Eu não gosto do Kaká (principalmente, depois que rejeitou a seleção brasileira para sair de férias) e sua cara de bom moço. Mas não posso negar que tem princípios – independente da religião.
Claro que Kaká não é o único. Tem um monte de meninos-atletas que levam a sério essa condição – até porque sabem que tudo isso é efêmero (a não ser para os que têm contrato vitalício).
Se o brilhantismo reina dentro do campo, a ignorância impera fora dele. O mais triste é perceber que eles se esquecem que saíram de um país emergente (não somos mais pobres), com um povo que vibra a cada chute e negocia cada passe nas mesas dos bares - mesmo sabendo que tanto dinheiro nunca será negociado em suas próprias vidas.
Eles têm a fama, mas será que não sabem que daqui saíram e, provavelmente, para cá voltarão quando a brincadeira toda acabar? Ora dessas, meus amigos, ela acaba (com ou sem contusão).

Nenhum comentário: