terça-feira, 27 de outubro de 2009

31 na Bahia

Recomeçar não é partir do zero. É usar o histórico como experiência para olhar o futuro com outra perspectiva.

Cheguei a conclusão da frase acima em um dos melhores cenários do Brasil (na minha opinião): Salvador. Olhando os cabelos de Iemanjá (tão vivos e brilhantes para mim) vi que aquilo que passou, vale (sim) a pena. Afinal, não é possível começar do zero, depois que já nascemos. Com o passar dos anos, não existe a marca zero em nós.
O melhor foi perceber que não há nada de mal nisso. A primeira constatação veio em cima das nuvens. Turbulências em áreas de instabilidade marcavam muito mais a minha vida emocional do que a situação dentro da aeronave.
Entre um ‘pai nosso’ e outro me descobria bem longe de um corpo de Fernão Capelo Gaivota e mais perto de uma cura emocional, um marco, um ritual. Eu precisava passar por tudo aquilo para me sentir verdadeiramente bem.
São Salvador. Passar o primeiro dia com 31 anos na Bahia faz a diferença. Santa terra de magia, música, diversão e energia. Muita energia. Lá, sentimos o calor que amolece, o balanço que dá o ritmo e a prece presente em cada onda do mar, com o reflexo do céu (em suas mil cores).
Salvador salva. E me sinto assim... estou recomeçando. Sem medo, sem problema, sem desespero. Sim, a saudade existe, mas creio que ela sempre existirá. Ela está viva em lembranças que não merecem esquecimento. Isso nunca morre... vira história, aprendizado... Isso é vida.
Dessa vez, o sofrimento morreu e sobrou apenas leveza e confiança de que o futuro virá, assim como a Bahia: cheio de cor, vento, calor e muitas fitinhas (para abençoar).

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