quinta-feira, 2 de julho de 2009

Homens, mulheres e rugas

Eu ando. Corro. (quase) Todos os dias de manhã – quando não chove, como hoje. Me faz bem. Me faz feliz. É engraçado porque levantar da cama é um verdadeiro martírio, mas quando na rua (na minha praça): renovação.
Junto comigo uma legião de vizinhos faz o mesmo. Homens e mulheres caminham, conversam, passeiam com cachorros e crianças... Estão todos ali no nosso circuito da busca pela qualidade de vida.
Acompanhada da música (sempre) sigo no meu mundo particular. Nele, os diálogos (dos outros) está apenas na minha cabeça. Vou criando. Crio pensamentos e conversas imaginárias. Rio sozinha às vezes. Noutras, sinto uma certa inveja. Mas aí... tudo passa durante o café da manhã.
O que não passa é a constatação: os homens são mais leves que nós (e não no sentido literal, claro). Revolta um pouco (confesso). As rugas não mentem, minha gente!
Mulheres envelhecem com aquela marquinha irritante na testa. Aquela bem em cima do nariz. Sabe? Aquela de quando você franze o olhar para dar uma bronca, quando se preocupa, quando tem medo, quando está sem dinheiro... Essa, apenas nós temos. Definitivamente.
Tudo bem, exagerei (admito). É claro que os homens também têm... mas muito menos. Os homens das minhas manhãs (e são muitos) caminham ou correm tranquilos. Cumprimentam as pessoas com aceno, sorriem, conversam com os amigos do lado, usam agasalhos de adolescentes, têm cachorros simpáticos que correm atrás deles sem coleira. Eles são leves. Jovens de 70, 60, 40 anos.
O outro lado não é assim (estou generalizando, claro). Carregamos um outro tipo de olhar. Sim, porque a grande diferença dessa leveza está mesmo no olhar. O nosso cuida do filho no parquinho (ele pode se machucar); pensa no almoço; nos problemas da casa; no namorado que não tem, não ligou ou não viu; no marido traidor; na juventude (que passou); na dor nos pés; no clima frio; nas contas e... franzimos a testa.
Um dia vai haver uma explicação do porquê resolvemos encarar a vida com tanta responsabilidade, enquanto os outros (todos homens) se divertem. Em qual momento deixamos de pensar em aproveitar e passamos a nos preocupar? Será o casamento? Filhos? Netos? Crescer é tão ruim assim para as mulheres?
Custo a me identificar com isso. E cada vez que penso a respeito, tento encontrar outra forma de rejuvenescer. Sei que não posso negar a passagem do tempo, mas posso evitar a tal ruga (ainda). A leveza é rara para mulheres, mas creio ser possível (não?). Basta treino.
Então, treinemos: a cada pensamento maternal preocupante, um besteirol qualquer deve ser sequencial. O desafio é conseguir rir, pelo menos, de si mesma e nunca perder o senso de humor. Acho que essa pode ser a chave... afinal, homens riem de qualquer coisa não é verdade?

Um comentário:

Pia Haltamann disse...

Oi Pessoal.
Gostaria de compartilhar uma experiencia pessoal para acabar com rugas. Vejo que em todo canto sai um produto para isto... e depois somem do mercado. Morei na Europa por alguns anos e lá as leis e o povo são muito exigentes. Uma dermatologista da Alemnaha me indicou um crem feito a base de abelhas que é fabricado na Espanha. Como lá é tudo pertinho, eu comprava na Alemanha mesmo em loja de cosméticos. Este creme tem no Brasil e eu continuo a usar. Eu compro pela internet e corre tudo certinho. Dica: para achar o creme, entrem na pesquisa do Google e digitem CREME VENENO DE ABELHAS ESSENCE. É um pote branco com uma abelha grande . É o mesmo creme que eu usava lá. É sinistro !!