domingo, 26 de julho de 2009

Cética, eu?

Algumas coisas a gente aprende na vida. Meu pai diria que sou jovem demais, mas, na verdade, já fui mais jovem. Sei que já aprendi algumas (poucas) coisas. No entanto, em alguns aspectos, comecei a perceber que somos (todos) tão imaturos, bobos e tolos que me choca.
Me sinto assim quando se trata de gostar de alguém (verdadeiramente). Sou complicada. Não me entrego. Na verdade, me podo, me indago... não me permito (confesso). Para mim, não existe algo mais difícil do que se apaixonar. Sou policiada pelo meu ceticismo imbecil - apesar de amar o romantismo envolvido em um relacionamento fiel e sincero. E de admirar pessoas entregues, apaixonadas. Contraditório. Fazer o quê?
Entretanto adoro filmes com finais felizes. Aqueles que arrancam lágrimas de felicidade. É clichê sim, e daí? Claro que gosto também daqueles filmes-cabeça que fazem a gente sair do cinema pensando em como o ser humano é complicado e o mundo ainda pode ter jeito (ou não). Mas... para brincar com a imaginação (e com o coração), nada melhor do que a comédia romântica. Honestamente: faz bem.
Há algum tempo li sobre uma pesquisa (em algum país europeu que não lembro agora) que comprovava que esse tipo de gênero estraga a maioria dos relacionamentos amorosos. Achei uma bobagem. Primeiro por acreditar que existem outros temas (bem mais importantes) a serem pesquisados. Segundo, por achar que não pode ser verdade.
Comédias românticas, assim como os contos de fadas, não servem para muita coisa, a não ser para nos contar uma bela e mentirosa história de amor. Sim, nada daquilo existe e eu duvido (du-vi-do) que existam mulheres (ah é! detalhe: a pesquisa culpa as mulheres, claro) que acreditem em sapos virando príncipes ou homens tão apaixonados capazes de atrocidades – assim como nos filmes. Além disso, nós (mulheres) também não estamos muito para princesas, nem mesmo para Meg Ryans. Pense bem.
Tudo isso porque acabo de assistir mais um filme “fofo”. Em que, no fim, o mocinho garante que, ficando juntos, eles têm tudo a perder, mas e daí? Assim não é o amor? Assim não deve ser a vida? É, concordei. Não me arrependo. Chorei e fiquei feliz. Uma Delícia. Confesso que meu ceticismo dá uma balançada depois de um filme desses. Sempre penso que ficar sozinha não é o caminho de ninguém. Até porque todos nós gostamos de dividir. Dividir risadas, beijos, abraços, atenção, companhia, gols da rodada, telefonemas e as mãos. A gente quer felicidade, amor, reciprocidade... A gente quer estar junto (e ter o direito de admitir isso).
Isso existe? Não faço ideia. Sou cética, lembra? Mas no fundo, bem lá no fundo, eu (confesso) espero que sim. A essa esperança culpo a pesquisa, os filmes e os malditos contos de fadas. Blah!

Um comentário:

Renata disse...

e nós vamos dizer um dia para nossas filhas: querida, algumas vezes o príncipe não vem. mas você é linda, viu?