O tempo passa (voa até), mas nem sempre nossa poupança engorda – aliás, nesse caso, ela nem existe mais. Tudo bem, também! Difícil ter tudo ok na vida... Talvez (talvez) seja até melhor não ter, assim temos (ao menos) mais assunto, maior profundidade.
Quando a vida passa sem nenhum problema, as pessoas ficam meio fúteis, meio assim... sem assunto. Passam a não acreditar que os outros têm problemas, não sei.
Claro que ninguém queria ter uma vida problemática só para ser profundo. Aliás, se perguntados fossem, todos os “profundos” (nesse sentido) adorariam ser rasos, claro! Ninguém é besta! Mas é uma coisa a se questionar.
Será que seríamos seres complexos (como somos) se os problemas não existissem? Duvido. Sério. Acredito mesmo que não exista nada como um “sorriso burro e paranóico para não perceber a velocidade da queda”. Prefiro saber há quantas estou caindo. Quem sabe não acho um galho no meio do caminho para me segurar.
Sou uma pessoa que questiona tanto que tem sérias dificuldades de explicar um caminho mais fácil para (qualquer um) seguir. Você prefere grandes avenidas ou fugir do trânsito?
Na vida a gente também tem infinitas rotas a seguir. A dúvida sempre existe. Escolhemos o mais longo ou o mais curto, se questionando se o outro não é mais bonito ou mais rápido, se tem pedras no caminho ou flores. Quem é que sabe?
As vezes a tentativa da profundidade irrita. Mas ser rasa me deixaria frustrada. Então... sigo tentando. Mas não quer ir muito para o fundo. Tenho medo que uma hora me falte ar e eu não consiga mais voltar.
* Ah! Agora também escrevo (com e sem profundidade) para o blog da Realejo Livros. Quem quiser, dê uma olhadinha! www.realejolivros.com.br
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