terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Volume 4 – SAGA: TAM, O SEU JEITO DE VOAR

Bagagem, saturação e expulsão (não necessariamente nessa ordem).

Mais um embarque. O terceiro do dia. Que dia mais longo. Não agüento mais as costas. Minha bolsa pesava como nunca, meus pés doíam e a gente não agüentava mais reclamar da falta de organização da TAM, de como ficamos com fome durante todo o dia, a falta de atenção, atendimento, do plano B, C, D que nunca aconteceu... Não importava. Agora, finalmente chegaríamos em Natal.
Entrando no avião mais uma surpresa: tinha alguém sentado em uma de nossas poltronas. No bilhete do cara o número da minha poltrona. Como assim? Duplicidade uma hora dessas? Leandro foi até a porta do avião discutir. Passando pela mesma situação, mais 6 pessoas aguardavam a solução.
O Leandro (é bom explicar) é um gaúcho grande que (como todos do Rio Grande do Sul) está sempre certo. Nesse caso não havia mesmo como argumentar o contrário: ele estava certo. E o vozeirão dele cheio de razão funcionou perfeitamente. Sentamos.
O comissário (novamente) corria de lá pra cá do corredor. A essa altura soubemos que espertamente (veja: mais uma ironia) a TAM (companhia que hoje adoro muito – ironia hein?) resolveu que naquele dia pegaria alguns passageiros que tiveram problemas com a WebJet (boa companhia... Ah! Viva o tom irônico e sarcástico da vida). Sendo assim, havia, novamente, mais gente do que era possível. Mas dessa vez, bem mais gente.
Então, eles resolveram escolher algumas pessoas (de acordo com o comissário, pescadas em Guarulhos – afinal, o pessoal da TAM de SSA é bacana, ruim mesmo é o pessoal da TAM de São Paulo – CERTEZA – HÁ HÁ HÁ) para sair do avião e voar GOL. Leia bem: voar GOL!!
Vieram os nomes: primeiro uma família (marido, mulher e filha), depois outra família (mãe, filha e neta) e depois... “faltou uma”- disse o comissário para a aeromoça que lia os nomes no microfone: “Juliana Rodrigues”- ela anunciou.
Eu? Sou eu! Comecei a tremer. Sério mesmo. De raiva desgosto, ódio, aflição... Queria berrar muito! Mas não podia. Juliana Rodrigues sou eu! Mas por que eu? Por que o Leandro não? Nossa mala é a mesma, nossas poltronas são juntas, nosso check-in foi feito junto... mas nossos sobrenomes não são os mesmos certo? Fui sorteada. E olha que nem em rifa eu ganho.
O Leandro levantou como um leão e quase partiu para cima do cara (verbalmente, claro). A filha que estava com a mãe e a sobrinha (descobri depois) também estava argumentando a valer dizendo que não sairia, pois já estavam sentados... Foi um caos...
De repente o Leandro afirma: “Eu não saio”. Ele passou tanta segurança nisso, que veio um segurança para retirar o moço – claro que não foi preciso, mas foi tenso. Tivemos mesmo que sair e nossa bagagem (pasme) foi para Natal, antes da gente, com a TAM. Nós fomos de GOL uma hora depois.
Ouvindo nossa história, o segurança da TAM, que foi retirar o Lê do avião disse: “gente, tem que processar. Não pode ficar assim”. E decidimos que ele tinha toda razão.
Chegamos em Natal, com a GOL, num vôo vazio e tranqüilo. Meia noite estávamos no ar e o Lê fazia aniversário... As primeiras horas foram passadas e comemoradas com bolachinhas e sucos cedidos pela GOL. Tentamos descansar porque em Natal ainda teríamos mais uma hora e tanto para a chegada na Pipa – que só aconteceu às 3 da manhã.
Nossa primeira diária no hotel foi paga, mas se perdeu. Foi menos um dia de praia, piscina, pôr do sol, jantar e namoro (porque não dava pra pensar nisso na tensão que passamos né?).
A TAM nos tirou o sossego e fez da minha agonia de voar quase um trauma. Uma companhia formada por pessoas inexperientes e desprovidas de inteligência. A TAM não sabe lidar com problemas; não tem um plano B; não sabe informar... enfim, não sabe nada.
Ah! Mais uma informação importante: com a minha expulsão e a saída óbvia de um namorado fiel e dedicado nos prometeram mais 300 reais de crédito TAM – assim que chegássemos em Natal. Mas, ironicamente, a funcionária TAM que nos recebeu não tinha a menor idéia do que estávamos falando.
A Pipa valeu MUITO a pena... mas poderíamos ter uma dia a mais, não fosse o tapetinho vermelho mais fajuto e desorganizado do país. Obrigado TAM. A companhia conseguiu nos provar que o melhor jeito de voar é escolhendo uma boa companhia aérea (a última ironia da saga).

Um comentário:

Fefo Miranda disse...

Caracas Jú...
Bom, pelo menos vocês curtiram a Pipa...
Que merda essa TAM... vamos combinar???
Bjs!