terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Começa agora o primeiro volume da SAGA: TAM, O SEU JEITO DE VOAR

Serão 4 volumes irônicos. Todos contam a nossa tentativa de chegar a um único destino: Natal - RN.

Voar TAM já foi mais simples (creio eu). Hoje em dia de simples não tem nada. Eu tentei, juro. Tentei mesmo. Mas acabei chegando ao meu destino de GOL. Passagem comprada pela própria TAM (vejam a ironia).
Explico: Eu e Leandro (namorado) planejamos uma semana na praia da Pipa (RN). Tudo pronto. Mesma mala, mesmo avião, mesmo check-in e a mesma vista paradisíaca programada. Não tinha como nada dar errado. Tudo listado e os biquínis, vestidos, shorts, camisetas e chinelos estavam todos lá! Perfeito certo?
Errado. A nossa parte estava OK. Mas não sabíamos que para chegar na cidade de Natal (de lá teríamos um carro para nos levar até a Pipa) demoraríamos 15 horas! 15 horas, repito. Graças a TAM. Que bela companhia (leia ironicamente).
Tudo começou às 9 horas da manhã no aeroporto. Eu estava apreensiva pois detesto voar – sempre me pergunto por que o teletransporte ainda não funciona? Cadê a tecnologia avançada? A vida dos Jetsons? Enfim... Leandro estava com ar de check-in - ele sempre assume essa coisa de despachar, discutir lugar, perguntar e tal... ele curte, acho. E eu não ligo.
Enfim, check-in feito, fomos para a sala de embarque de Guarulhos (ah é! Estávamos em Cumbica – informação importante). Passeamos pela livraria, comprei minhas palavras-cruzadas (sempre acho que elas me ajudam a não lembrar que estou voando. Ilusão pura, claro. Na primeira pequena turbulência meu coração vai na boca).
Sentamos no Airbus 321 (200 e tantos luares – avião cheio) fiz o meu ritual de decolagem. Fecho as cruzadas e entrego minha mão (e minha vida) para o Leandro (nem ele conhece essa responsabilidade). Vamos voar. Respiro fundo e ouço a aceleração, a movimentação rápida do avião, vamos para cima!
Vamos? Nada... De repente o bendito desacelera desesperadamente, fazendo a tripulação e os passageiros emudecerem. Medo. Lê olha pra mim com ar calmo e afirma: “Acho que vamos trocar de avião”. Eu quase grito: “Será?” Tudo de novo? Crueldade pura vai?
Segundos depois vem a voz do “Além”: o comandante (já repararam que para ser comandante, em geral, tem que falar muito mal? Eles têm uma dicção péssima. No entanto, esse, falava muito bem). Algo assim: “Senhores passageiros peço desculpas, mas tivemos um problema no motor de decolagem e infelizmente teremos de esperar alguns minutos para saber se ficaremos nessa aeronave ou se teremos de trocar de avião”.
Putz! O único comandante que fala bem na história dos vôos da minha vida, me vem com essa péssima notícia? Claro que teríamos de trocar! O Lê sabia (e eu sempre acredito nele).
O pior é que tivemos de esperar 1 hora e meia (!!!!) para que o mesmo comandante com a dicção perfeita dissesse que o desembarque seria feito para porta da frente e o ônibus (detesto aqueles ônibus) nos levaria até uma sala do aeroporto onde esperaríamos notícias. Droga. Isso já era uma da tarde! Que horas chegaríamos em Natal?

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