sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Confusão de possibilidades

Essa época do ano eu tenho uma certa preguiça. Preguiça de resolver, parar, definir, encarar... porém, essa É a época de pensar nisso. E pensar nunca foi um problema pra mim. Na verdade, acho que o melhor dito seria : pensar demais sempre foi meu maior problema.
Eu penso. Existo. Isso é fato. Não há nada demais em pensar (todo mundo faz isso), o problema é que me interrogo, questiono, me percebo demais. Cansa. Tem momentos em que reflito: o que estou fazendo? Pra que tudo isso? Mas não adianta.
Penso no que quero, como quero, por que quero, se quero, quando quero... O pior é que nunca consigo definir o que realmente é melhor pra mim, então: pra quê?
Quando chego a conclusão de algo que me afligia, em geral, vem uma posição oposta (de alguém que amo ou de algum “sinal” externo - seja lá o que isso quer dizer) e me deixa em dúvida novamente.
Não me entenda mal. Quem me conhece sabe que sou decidida, brava, cheia de opiniões e teorias. No entanto, o fim de ano (somado aos 30 anos) traz aquela sensação de: o que você vai fazer daqui pra frente (somado ao balanço do que você fez até agora)?
Não me arrependo de nada. Errei muito, mas quem pode jogar pedra? Também acertei pra burro. A principal pergunta é: e agora? O que falta?
Bom, a árvore eu não plantei (só plantinhas). O livro eu escrevi (apesar de não publicado – quem sabe um próximo?). O filho, sei não... Não consigo querer isso agora. Afinal, antes dele tem tanta coisa... a Europa (Paris!); casamento (será? parece tão longe); Buenos Aires (quando vou parar de querer isso?); botecos mil rodeada de grandes e bons amigos e MUITO mais tempo em Santos com as melhores pessoas do mundo.
Difícil escolher prioridades em um mundo cheio de possibilidades, não é? Cada vez que olho para os lados vejo uma nova imagem, um novo caminho, uma diferente escolha. Quero viver tudo, sem (ou com) dúvida. Até me aparecerem outras idéias... outros sonhos... todos possíveis (ou não). Claro.

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