quarta-feira, 17 de novembro de 2010

(e) Stress (e)

Dizem que deixamos de fazer aquilo que gostamos quando estamos estressados. Ou não reparamos que deixamos de fazer essas coisas quando estamos assim... estressados. Cansa só de escrever.
Odeio essa palavra – usando ou não usando o “e”. Stress é péssimo escrevendo de qualquer maneira. O corpo adoece, tem mais sono que o normal, pesa, carrega, ultrapassa... cansa.
O poder dessa palavrinha horrível, não nos faz perceber o quanto nos falta vontade de fazer, ouvir, querer. Falta saco de esperar, de resolver, de pretender. Cansa.
Sonhar faz com que o estresse (nesse parágrafo com “e”) aumente. Dá trabalho imaginar ser, crescer, ganhar. De repente jogar é mais duvidoso, uma casa nova é muito difícil e um carro bacana gasta muita gasolina. Cansa.
Aí, você pensa que mais dinheiro resolveria o stress. Uma viagem longa, pés pra cima, jantar romântico, uma dança só sua, lindo vestido, uma declaração à beira mar. Nada. Tudo fica chatinho e combina com o stress do planejamento, da escolha, da coordenação e um bom roteiro. Cansa.
O pior de todo esse cansaço é o fato de que na vida não se tem muita escolha. Ou se cansa ou não se vive. Quando não tinha estresse, o stress tinha alguma outra palavra. Ele sempre existiu, só mudou a frequência, diminuiu a idade e aumentou o volume. Mas sempre esteve lá. E sempre foi cansativo.
Para resolver não há muita alternativa. Cada um deve encontrar o melhor jeito de se animar. Uma boa conversa entre amigos, um grande amor, grande oportunidade de trabalho (mais feliz e menos estressante talvez), mesa de bar (revigorante), abraço, beijo na boca, um bom filme no cinema, música alta em casa, uma gargalhada, boa companhia... Tudo que representar grandes ou pequenos momentos, desde que muito bem aproveitados. Sem nenhum (e)stress(e).

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