segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Voltando

Quando viajamos podemos escolher quem queremos ser. Ter mais mistério do que já temos, ser mais sexy, mais infantil, mais bobo, mais metido... tanto faz. A verdade é que quando estamos fora de nosso habitat natural, ninguém nos conhece e, as vezes, nem fala nossa língua. É aí que o encanto começa.
Viagens fazem com que a gente se transforme. Adquira cultura, conheça gente nova. Estranhas e maravilhosamente novas. Sempre vale a pena. Quando estamos com esse espírito, vale até ir pra Praia Grande (o que é um erro, mas...). O importante é renovar, conhecer e rir do grande estudo antropológico que se pode fazer.
Estive fora e foi brilhante. Senti frio, e encontrei nas cervejas e risadas uma cidade diferente do que eu esperava. Moderna, agitada e (até) aconchegante. Tomei café, andei demais, estraguei meu calcanhar (ainda dói), comi besteira, visitei museus, assisti um musical e terminei como deveria: com um cosmopolitan na mão – mas com a roupa errada pra isso, confesso.
Na volta sofri no avião (claro). Muito tempo de voo, com muita instabilidade. Mas, dessa vez a instabilidade estava apenas lá fora, entre as nuvens, na minha cabeça, nada estava instável. Tudo na mais perfeita ordem.
Isso se chama férias ou amadurecimento? Não sei... talvez as duas coisas. Descobriremos assim que eu voltar ao trabalho. Por enquanto, ainda curto minha outra personalidade, mas dessa vez usando minha própria língua e mantendo apenas as boas risadas. Sempre.

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