sábado, 28 de novembro de 2009

Rock n` roll na veia

Quando o rock n’ roll acontece em nossas vidas, tudo pode ter outro ângulo. Parece uma bobagem sem tamanho (e é), mas se você pensar bem, faz sentido.
Eu era criança quando desenhei capas de discos dos Beatles, enquanto ouvia os mesmos. Não só me apaixonei pelo John (num amor platônico – claro – e eterno), mas pelo som, letra, melodia e história (contada pelo meu pai) de cada música ou cada LP.
O tempo passou e meus ídolos ainda são os mesmos – como diria Belchior, na voz de Elis. Sim, como se pode ver tenho meu lado MPB, assim como recorro com frequência à bossa nova, ao jazz e ao samba (porque ninguém é de ferro). Mas... o rock está dentro de mim. De verdade e com toda a satisfação.
Ontem, dancei e cantei all night long, com o AC/DC. Os australianos já passam dos sessenta e continuam estraçalhando com a guitarra do Angus e as letras de tom pornô. Num momento desse você enxerga um mundo diferente (como disse acima). Naquela hora, naquele estádio, na arquibancada de sempre, me sinto apenas música. Nada mais.
Ainda nesse mês, estive no show do Metallica. Ali, percebi que nothing else matters quando você está feliz com aquilo tudo. O mesmo aconteceu nos shows do Aerosmith, Ozzy, U2, Lenny, Rolling Stones... e tantos outros.
É quando o balanço toma conta da alma e não deixa você entrar na sua (própria) realidade. Assim, você vive outra (sem nenhuma dificuldade). Participa de um mundo que não é seu, nem de ninguém. Dança, grita, chora (se for o caso)... e tem certeza de que ninguém está vendo, ou percebendo – simplesmente porque todos estão vivendo a mesma coisa. A mesma sensação. Ninguém liga pra nada, porque naquele lugar lotado de gente só existe você e a banda. Mais ninguém. E, detalhe, a banda não te ouve, mas te dá toda a atenção que você precisa (e nenhuma carência implícita nesse discurso).
Assim, vejo que o rock me cerca desde sempre. Permeia minha mente, me ajuda a trabalhar, me faz feliz. Estar em um show, ver os caras (mesmo que pequeninos), sentir aquela vibração, muda a cabeça – até que você volte à realidade na saída de um estádio lotado.

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