sexta-feira, 3 de abril de 2009

Não custa tentar

Quando a felicidade bate é melhor que estejamos em casa para abrir a porta. Deus sabe quando ela voltará a passar por ali. Mas, será mesmo?
Felicidade é descrita no dicionário como satisfação, contentamento. Quantas vezes nós nos sentimos assim em um dia qualquer? Ou em uma semana? No mês? No ano? Milhares. Sem dúvida.
Por isso, desconfio daqueles que buscam essa tal “felicidade” abstrata e utópica. Que esperam que ela entre pela porta vestida de branco e rodeada de flores amarelas (lindo cenário, mas pouco realista). A verdade é que existem momentos felizes todos os dias. É só reparar.
Assistindo TV, sozinha em casa, eu rio sem parar com alguma bobagem seriada: felicidade. Andando na praia vejo crianças se enlameando com a areia molhada: felicidade. Risadas após a maior besteira já dita em uma mesa de jantar: felicidade. Experimentar um sapato horrível só por diversão; dançar sozinha como uma boba; comer um pote de sorvete enquanto passa um filme lindo na TV; risada de criança; gargalhada de adulto; xingar alguém bem alto (e se sentir muito bem por isso); papos, beijos e abraços de pai, mãe e irmão; beijo de namorado; ter alguém (ou “alguéns”, com sorte) que te ama; tomar café da manhã acompanhada; ser promovido; saber que seu salário vai ficar melhor e, por isso, vai pagar a pizza dos amigos; reunião de amigos queridos... Tudo isso: felicidade.
Não menosprezo o desejo pela felicidade plena. Só não acredito que ela exista. Simples assim. Afinal, sempre haverá um problema, uma agrura, uma pedra no sapato para tirar. E isso faz parte da vida (infelizmente). Não tem jeito.
O importante é reconhecer e recolocar o peso em cada coisa. Se uma não está do jeito que você gostaria, valorize mais as outras. Esse é o segredo do sucesso. Claro que é muito mais fácil falar, do que fazer. Mas... não custa nada tentar (e... pelo resto da vida)!

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