quinta-feira, 16 de abril de 2009

Grande Bolada

Quando eu era bem pequena, achava que minha vida seria ocupada por muitas coisas. Tinha tudo meio planejado. Jornalismo (era certo), casamento e filhos. Nada complexo.
Queria, mesmo, era ser ocupada. Telefone, caneta e papel estavam nos sonhos – hoje enquadrados na minha parede da memória e vividos na vida real. Mas era tudo muito simples. Meu irmão seria meu vizinho (e hoje, quase, é... estranho).
A vida seguiu e quase me esqueci disso. Mas, outro dia lembrei: sou “ocupada”. Engraçado. A brincadeira do passado deu certo (mas agora tenho computador – impensado para a época).
A diferença é que hoje gostaria de ser mais “mega-sena”, sabe? Trabalhar para fazer graça e não para fazer dinheiro. O casamento não rolou (ainda?) e filhos não estão projetados por enquanto. Fico mais empolgada com as próximas viagens e as bebedeiras com amigos.
Enfim, tenho jogado – cada vez mais, confesso. Dizem que sorte no jogo, azar no amor. Mas, quem pode ter azar sendo milionário? Duvido. Assim, ganhei novos sonhos: passar uns meses com os argentinos (só de sarro). Depois com os franceses (très chic). Quem sabe também com os gregos e suas casinhas brancas? Humm... Tantas coisas. Depois, Santos. Claro.
A verdade é que a mulher ocupada da infância se transformou em uma grande sonhadora. Quem pode me culpar? Os sonhos nos trazem a sensação de que os finais são (sempre) felizes e emocionantes como um filme bom (e cor-de-rosa). E as expectativas (nossas, claro) são (as vezes) mais apaixonantes do que as pessoas.
E daí? Estamos vivendo, oras! Aguardando a grande bolada da vida!

3 comentários:

Unknown disse...

Ai, Ju!

Nem fala na Mega-Sena.
Nem fala!
(porquê sonhar não custa nada)

Beijo.

Ju Rodrigues disse...

Uma hora vai!! Certeza!
bei Ju

Ópio disse...

Sonhar é acordar para dentro, já disse Mario Quintana. Te amo amiga!