quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Crise

Se Deus e o Obama quiserem a crise acaba rápido. Existem dois pontos cruciais para que tudo isso acontecesse.
Primeiro: os Estados Unidos. Eles nos ferraram de azul, vermelho e branco. Se a Nike está em crise, imagine a gente (os pequeninos)!
Segundo: os Estados Unidos. Ainda bem que tudo isso veio de lá. Veja bem, não estou dizendo que eles mereciam. Nada disso. Estou falando apenas que se existe um país capaz de sair dessa, é a terra do Tio Sam. Mas, como estamos comprovando na pele (ou na conta bancária), eles erraram feio e deixaram o mundo inteiro no vermelho.
A verdade é que estou farta da crise. Não estou nem aí se a Dow Jones caiu e fez com que a Bovespa tivesse uma queda de 3,4% - seja lá o que isso quer dizer! Por isso, afirmo (sem nenhuma alienação) que detesto a bolsa.
Pense bem, o Brasil sempre viveu numa crise. Seja na violência urbana, no desemprego ou no analfabetismo. Nunca fomos O PAÍS. Dizem que um dia chegaremos lá, mas ouço isso desde criancinha (e soube que meu avô também ouvia). Somos emergentes, grita o governo. Sei (leia com ironia).
Não me entenda mal, sou otimista. Sempre fui (as vezes até eu considero como um defeito) e por isso acredito que há saída pra tudo. Só é preciso observar as coisas de outra forma. Olhar com distância, escolher as contas mais importantes para pagar (como plano de saúde e aluguel) e esperar. De repente, pode-se buscar outro trabalho (paralelo) que lhe dê ânimo e faça a cabeça trabalhar, afinal, cabeça vazia é oficina do diabo (expressão péssima).
Volta e meia me lembro do Ferreira Gullar no filme Vinícius. Ele diz que somos nós que escolhemos o tipo de vida que queremos: podemos ser feliz ou triste. Ele tem razão. Não importa se conseguimos, ou não, pagar as contas. Não importa se existe, ou não, crise. O que importa é como encarar tudo isso.
Se quiser encarar com tristeza, a depressão e a infelicidade vão acompanhar todos os momentos. Mas, se escolher a felicidade, tudo será mais leve (não tenho a menor dúvida disso). Fica mais fácil de encarar e reconhecer os momentos felizes que existem a cada instante (e na vida de todo mundo), como andar na praia, ouvir música, bater papo com os amigos, ler um livro, dar um beijo, amar alguém, sorrir com bobagens e tantos outros.
Se a gente escolher a felicidade, não tem crise. Porque nada disso o dinheiro compra e, assim, nem os Estados Unidos vão conseguir atrapalhar.

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