segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Tijolos de aço

Acho que ando filosofando muito… ou pouco. Não sei ao certo. Mas andei pensando no depressivo Nietzsche, que acreditava (e pregava) que todos nós somos sozinhos. Independente de quem esteja do nosso lado. Nossa alma é solitária...
Ao mesmo tempo em que isso me parece lindo (em termos literários e filosóficos), é também triste demais para uma quase romântica como eu. Afinal, apesar de um tanto cética, ainda acredito no romance (antagônico, mas e daí?).
Um relacionamento deveria significar felicidade (pelo menos o início dele)! Vidas unidas pelo amor, pela paixão, razão ou, até, a teimosia, a burrice... Não importa. A verdade é que para muitos essa união também significa prisão, mesmice, chatice...
Quem nunca viu uma mulher respondendo pelo marido (quando a pergunta foi destinada a ele)? Quem nunca viu um homem mentir para conseguir fazer o que quer? Ou mesmo uma mulher que domina tanto a ponto de ditar as ordens da casa como um sargento?
Sempre acreditei que a vida em comum deveria ter como primeira ordem o humor. Sem risada já é difícil levar uma amizade e até mesmo o trabalho. Imagine um relacionamento? A temida e cruel (para muitos) vida a dois...
Quanto mais eu olho em volta, mais vejo gente procurando a perfeição, querendo moldar o outro, numa felicidade infundada (ao meu ver) e que não duraria muito tempo para acabar.
Sei lá... talvez todos esses a quem eu julgo (prefiro dizer que estou ‘apontando com carinho’) estejam certos, e eu errada. De repente a casa deles é forte e resistente o suficiente para abrandar muitas tempestades, enquanto eu ainda procuro tijolos de aço – o que pode ser uma bobagem. Mas quem é que sabe?

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