terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Longe do mar. Perto das flores.

A casa amanheceu com o perfume de rosas brancas. A roupa de hoje respeita a cor do dia: branco e azul. Brincos e colares refletem sua imagem, sua vaidade, suas preferências.
Para fazer onda, um banho demorado (hoje não tem aquecimento global). 02 de fevereiro. Dia de Iemanjá. Data de lembranças, agradecimentos e pedidos (porque ninguém é de ferro).
Hoje a festa é no mar. Lamentavelmente, o mar está longe daqui. Pela janela somente verde e cinza, sem nenhum charme, espuma, brisa ou maresia. Mas se fechar o olho é possível enxergar tudo. Santos e Salvador estão logo ali misturados - com bastante facilidade e claridade. De olhos fechados vejo as ondas, sinto o mar bater e (até) me balanço no meu barco imaginário... é chegada a hora de esquecer, desejar e pular.
Iemanjá é mãe e quer apenas felicidade aos seus filhos. Deseja a paz, a saúde e uma vida protegida pelo manto azul da cor do céu. Deseja que o dia-a-dia tenha a transparência de suas águas; que nossa personalidade seja tão brilhante quanto seus cabelos refletidos pelo sol ou pela lua.
Ela nos protege através da natureza. Nossa Senhora nos protege através de símbolos e muitos nomes. As duas são, hoje, uma só. E para nós, seres comuns, representam fé e beleza.
O mar pode sim estar longe, mas o sentimento é um só, e está pertinho... bem aqui dentro, com o mesmo aroma das rosas, a mesma entrega... A maresia? Bom, ela está em todo o contexto.
Salve Iemanjá hoje e sempre.

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