segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Criatividade divina

Quando Deus criou o mundo usou todas as Suas referências para montar cada detalhe. Foi bastante criativo. Árvores, folhas, troncos, flores. Leões, macacos, porcos (eles já existiam naquela época?)... Tudo muito selvagem (nada com a cara – ou focinho – de hoje). E, criou também as frutas, legumes e verduras.
Quando estava tudo pronto, Ele respirou tranqüilo e pensou: “Aí, está! A grande criação!”. Foi então que um santo marqueteiro avisou que nada daquilo seria tão perfeito se não existisse alguém capaz de questionar e, se possível, destruir cada centímetro.
Deus ficou revoltado. Brigou, soltou Seus recém-criados cachorros, gatos e galinhas para provar que, sendo Ele o criativo (redator e diretor de arte da peça “Terra”), o que faltava era apenas o slogan, não um destruidor.
Mas o santo confirmou que, como toda grande publicidade (parece que naquela época, eles já entendiam muito sobre o assunto), a Terra só seria reconhecida se alguém concorrer com o brilhantismo Divino. E, como não havia mais ninguém além Dele, Deus deveria criar um ser que pudesse questionar Sua construção.
Preocupado com seu ego, Deus relutou, mas concordou. Na verdade, Ele queria mesmo palmas e troféus. Porém, avisou: “Não crio mais nada!”.
Foi então que rascunhou um monstrengo com cabeça de noz (Ele adorava noz) – e declarou: “Eis o órgão pensante do ser humano”. E, dessa forma, seguiu desenhando. Usou aipos, cenouras, berinjelas, feijões, laranjas, azeitonas, tomates, batatas...
Juntou tudo o que deu (inclusive, porcos), olhou, e teve a seguinte certeza: Sua pior criação Lhe traria também Sua maior dor de cabeça.
E assim foi.

Nenhum comentário: