terça-feira, 30 de agosto de 2011

Engole o choro!

Alguns dizem que é melhor ser forte. Ser daquele tipo que não choraminga, não se faz de vítima, não conhece bico, nem usa lágrimas como justificativa. Dizem que esse tipo de “mulherzinha” é ultrapassado. Não sei.
Sabe aquela coisa de “ser mais macho que muito homem”? Se homem não chora, encaramos essa premissa, arregaçamos as mangas, levantamos a cabeça e seguimos em frente. Parece uma linda iniciativa, mas, no fundo, não passa de uma falsa e infeliz tentativa de ser uma rocha - uma verdadeira fortaleza (melhor usar um adjetivo mais bacana).
Quer saber? Pura bobagem. Quem (às vezes) não tem aquela vontade tremenda de chorar como louca? Encolher no canto como uma lagarta no sal ou ainda fugir como uma covarde? Ah... ou talvez chorar feito criança e parar três dias depois (já desidratada)... Quem nunca passou por isso?
O problema é que a vontade é grande, mas a coragem para tal é minúscula. Algumas de nós (mulheres) temos aquela bendita mania de ser meio “Maria” (a do Milton, claro). Por isso, não nos sentimos no direito de usar as belas madeixas para cobrir um rosto vermelho e inchado. Você encara, ergue o queixo, é grossa com o primeiro infeliz que te der bom dia e só depois consegue rir de si mesma.
Sabe quantas dessas mulheres eu conheço? Muitas! Muitas mesmo. Ao contrário do que se pensa, atualmente, elas são mais comuns do que as outras... (aquelas fracas). Essas musculosas mulheres cerebrais estão espalhadas por todos os lados. Isso sim é que chamo de fado para essas femininas criaturas do mundo moderno.
São elas que resolvem a casa, as contas, a vida (delas e a dos outros), os conselhos, o choro escondido sem ombro nenhum, a pena de si mesma com a mesma arrogância de quem sabe se dar valor (sim! Antagonismo puro!)...
A vida para essas mulheres (nós e muitas outras), tem um formato difícil, mas (acreditem) de alguma forma é bem feliz.

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