terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Vida mais clichê

A história é clássica. Quase um clichê dentre todas as histórias que já vimos e ouvimos em um relacionamento. Anos juntos, amor incondicional, paixão, blábláblás sem fim cheios de promessas e planos. Até que o fim vai ficando mais claro a cada dia.
Brigas, discussões... tudo que antes era lindo, passa a ser meio chato. O jeito dele ser independente demais, encantava no início, até que você passa a perceber que esse mesmo jeitinho está te deixando cada vez mais sozinha.
Naquela noite fria de inverno (a mais fria do ano) você estava só porque ele precisava pensar na vida. A festa do seu melhor amigo aconteceu bem no dia em que o trabalho o deixou sem humor nenhum. Happy hour dia de semana? Só se for em voo solo, porque acompanhado no way! Dia de semana é dia de trabalho, cervejas na frente da TV, ou academia e... sono profundo. E aí... você vai vendo que está, na verdade, sozinha há muito tempo (talvez desde o início). Só custou a perceber.
Então, logo está tudo terminado e não há mais o que fazer. Na verdade, você sempre soube que não teria futuro (porque não é isso o que você espera da vida) e tudo acaba num vale de lágrimas. Sim, porque somos mulheres e sofremos – mesmo quando sabemos que esse é o melhor a ser feito.
Aí, o tempo passa. Você sofre um bocado e começa a se recuperar. Começa a lembrar que a vida de solteira não era tão mal assim. Aos poucos vai se habituando, dedica-se mais ao trabalho, investindo na carreira, participando ativamente de happy hours e festas. Os meses passam e você, sem querer, descobre o que não esperava: Seu ex-namorado (aquele individualista, independente e solitário) se casou! Ele casou!
Bom, o que vem depois disso só vai aumentando ainda mais o clichê dessa história, não fosse por um pequeno detalhe: isso não é mais história clássica heterossexual. O mesmo também acontece no mundo gay (mesmo que com muito menos drama e menos lágrimas, no geral). Ou seja, nem do clássico podemos nos gabar. Acabou, minha gente. O mundo é mesmo gay e, nós, viramos clichês das nossas próprias histórias.

Um comentário:

Alexandre Lelis disse...

Pois é, Ju. A vida é essa. Simples assim.
Dpois vc descobre tbm que o cara não era tão perfeito quanto imaginava e reaprende a ser feliz sozinho de novo. E percebe que é possível encontrar alguém muito mais parecido com vc.