quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Estamos vivos, sabia?

Quanto tempo faz? Há quanto tempo você se considera vivo? Suas contas começam desde a data de seu nascimento? Estava mesmo vivo quando nasceu? Por quê? Só por que chorava, tinha fome e frio? Não... não é vida.
“A vida começa quando descobrimos que estamos vivos”, já disse o pintor e escritor finlandês Henrik Tikkanen. Agora... pense numa nova data. Pode ser (até) uma data futura.
As vezes temos de ler o óbvio para perceber a vida. Reclamamos demais, sofremos demais e rimos muito pouco para tudo isso. A balança deveria ser reta. Com pesos e medidas proporcionais. Nada de altos e baixos. Você chora e ri com a mesma freqüência. Resolvido.
Virgínia Wolf dizia que todo dia acontece alguma coisa interessante na nossa vida. Faz sentido. Mesmo quando está tudo de cabeça para baixo, há um momento de uma gargalhada inesperada. Quando as lágrimas não te deixam ver um futuro possível, o presente se mostra uma opção interessante. Mas tudo isso nem sempre é fácil de se ver. Aí... sofremos mais e vivemos menos.
A escritora Martha Medeiros diz que morremos lentamente quando não nos contradizemos, quando não ouvimos música, quando passamos tempo demais com a televisão, não trocamos de discurso, nem de marca, evitamos uma paixão, uma emoção, um sorriso... tudo para conter os soluços. Tem (também) morte lenta quem só se queixa, quem desiste, quem não aposta no desconhecido por puro medo de errar... Triste pensar em quanto já perdemos de vida.
Talvez esteja na hora de descobrir que estamos mesmo vivos. Que vivemos o agora, e que o amanhã é a maior incógnita do planeta. Se a gente se sentir vivo (de verdade), nossas fichas estarão voltadas a uma só aposta: a felicidade. E aí, não há como errar (e mesmo que tudo dê errado, algo de bom sempre acontecerá).

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