quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Desejos de uma quinta

Desejar faz parte da vida, e a gente deseja tanta coisa ao longo dela... Em cada fase, os desejos vão mudando. Mudam de foco, de perspectiva. Mudam de lado, até.
Quando crianças, desejamos chocolates, brinquedos, bicicletas, bolas de futebol, barbies... Aí, adolescentes vamos desejando pessoas diferentes, o campeonato favorável para seu time, a passagem de ano, a ligação do carinha que senta ao seu lado na classe, uma festa bacana para ir.
Mas, quando nos tornamos adultos, tudo fica diferente. Nada é prático, simples ou pragmático. Não existe lista, porque o desejo de hoje, pode não ser o mesmo de amanhã. Adultos são complicados. De repente entendemos porque é melhor desejar saúde e felicidade em dias de aniversário. Simplesmente porque resume tudo: precisamos da saúde para conquistar nossas pequenas felicidades.
Lembramos também que é preciso ter muito cuidado com o que se deseja. Afinal, você pode conseguir. Aí, escolhemos tanto que confunde a cabeça, o coração, o corpo.
Se o tal gênio aparecer para qualquer adulto, ele vai precisar de um tempinho para pensar em três desejos. Talvez pergunte, na maior cara de pau: mas só três? Não posso, pelo menos, quatro?
Ser adulto não é simples. Ser adulto que pensa, menos ainda. Por isso nossos desejos não seriam diferentes. São complexos. Bem complexos. Muitas vezes eles nem dependem só da gente. Aí, piora a situação. Passamos a desejar também por outros. Em geral, desejamos por nós mesmos e por quem amamos.
Uma ligação, um convite, uma mensagem de saudade. Um custo altíssimo, um sorriso delicioso, a tranquilidade de que tudo dará certo. Dinheiro alto, felicidade dobrada, whisky a vontade - regado à risada. Casa nova, vida nova, momento novo. Coragem, bom humor, amor. Abraço apertado, beijo intenso, carinho eterno. Um bom dia, um boa noite, um eu te amo. E a vontade de poder resolver tudo (a minha e a sua vida) num só dia.

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