quinta-feira, 18 de março de 2010

Ceticismo

E se...
Você sonhar com algo que tem saudade ou que adoraria se acontecesse, como encarar? Tristeza, amor ou um tal sinal? Será que o destino existe? Aquela coisa de estar escrito nas estrelas, do tinha de acontecer... é real?
Dizem alguns filósofos que “o acaso não existe”. Será mesmo? E se tudo e todos estiverem errados? Se tudo que a gente acreditou até agora for uma verdadeira besteira?
Não, não estou falando apenas de crenças religiosas ou espirituais. Estou falando de existência. Em um momento muito triste da vida, alguém querido garantiu que era melhor assim; que você seria infinitamente mais feliz depois; que só acontece o que deve acontecer (e na hora certa)... São frases feitas, afinal ninguém pode aliviar realmente sua dor. Mas o que me pergunto é: se nada disso fizer realmente sentido? Se o que estava por vir (segundo essas pessoas) nunca aparecer?
Se não houver nenhuma explicação para as coisas: a falta de grana, de amor, de amigos... sei lá! Se tudo o que vivemos não passar de uma experiência idiota e odiosa que ninguém vai realmente analisar se fizemos bem ou mal? Se o purgatório for apenas uma ilha de pulgas descrita por um linguista que tinha a língua travada?
Já pensou se aquele lance de que Deus escreve certo por linhas tortas foi apenas um jeito de um apóstolo justificar sua labirintite? Ou ainda se aquele provérbio de que uma janela fecha e a porta abre (ou vice versa) foi criado por um marceneiro marketeiro?
Se o destino é uma balela sem nenhum nexo e os indianos são seres de um planeta paralelo, o que fazer com a própria vida? Se o sofrimento que passamos hoje não passar amanhã, anos depois ou nunca mais? Devemos sucumbir, lutar ou fingir que está tudo bem até morrer?
E se aquele amor – que era eterno e pouco durou – foi o único que você vai ter na vida? Se aquela foi a última vez que você disse ou ouviu alguém dizer que te amava? Se nenhum sinal se manifestar e você nunca lutar pelo o que sempre quis? Ou pelo o que perdeu? Se você não aceitou a viagem, o emprego, a gravidez ou qualquer coisa que nunca mais venham a acontecer? Se nada do que vivemos aqui houver uma explicação, um estatuto, um fundamento, um sentido – o que faremos? Qual será a importância do nosso epitáfio se ninguém se importar?
É... a vida de um cético não deve ser nada fácil. Melhor mesmo é crer e depois... Bom, depois... só Deus sabe (ou não).

Nenhum comentário: