terça-feira, 15 de setembro de 2009

Lamento (nada sertanejo)

Tem coisas que não deveriam acontecer. A gente devia estar acostumado a conviver com pessoas que não estão nem aí pra você. Pessoas que não se importam se você está feliz ou triste. Pessoas que, ao contrário, tendem a torcer contra. A gente devia estar acostumado.
Mas, o tempo passa (e voa!) e eu não aprendo. Quanto mais convivo, mais acredito e sorrio. Sou daquelas que fica com a bunda toda de fora (com o perdão da expressão) e não sente frio, sabe? Muito idiota mesmo!
Escrevi aqui recentemente que com 30 anos a gente já sabe das coisas. Bobagem (e sim, sou contraditória, graças a Deus). Aos 30, a gente descobre o que não quer (definitivamente), mas não faz ideia do que quer (exatamente), e mais: mesmo sabendo do que não quer, não consegue distinguir o joio do trigo (to cheia de expressões hoje).
Meu ex namorado não gostava de pessoas. Nunca gostou. Ele gosta de tão (tão) poucos que me aborrecia – no fim, ele não gostava nem de mim (mas essa é outra história). Ele não queria ver, encontrar, sair, estar. Não confiava, não contava, não esperava nada. Eu, sempre bati no peito do quanto eu gosto. Gosto de ouvir, de saber, de opinar, curtir junto, sorrir... Mas, o que eu não tinha entendido até agora é que eu sou assim. As pessoas não são. O ruim é não aprender com isso.
Quebro minha cara e prometo que essa vai ser a última vez. Que vou reconhecer um grande amigo de longe, mas antes vou ter de conhecê-lo muito bem. No fundo, sei que não vai dar certo. Porque sou mole (como diz um lindo amigo - esse sim verdadeiro), tenho um coração burrinho (tadinho), mas... também tenho uma cabeça ótima! Com inteligência o suficiente para não me esquecer de mancadas dadas, nem nada.
Não, não guardo mágoas. Estarei sempre a disposição de quem precisa – simplesmente porque sou assim. Talvez não seja o correto, mas não mudo nem por decreto. Paciência. Prefiro aprender com esse tipo de tristeza do que não ter coração para chorar por elas. Sei que, sendo assim, só é melhor pra mim. O resto, eu lamento (de verdade).

2 comentários:

Anônimo disse...

Ju.

LAMENTO TEU LAMENTO.
E penso comigo: "como eu gosto de
cachorrinhos!"

Te afago, cachorrinha!

eupias.

Keux disse...

É normal a gente sempre deixar o Hegel aparecer nessa vida, Jujubs!

Mas leve no humor e se orgulhe de não ser assim. Como diria o gde vascaíno Paulinho da Viola "nunca farei parte desse imenso batalhão"

bjksss