quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

São Paulo


São Paulo. São Paulo, my love.
São Paulo dos problemas, do crime, da bandidagem, do governo duvidoso, da prefeitura suspeita, das drogas, dos batedores de carteira, dos carrinheiros (ou carroceiros), dos pinguços, dos pedintes, das crianças de rua, das enchentes, dos rios sujos, da vida insana, do trabalho sem horário...
São Paulo. São Paulo, my love.
São Paulo dos amigos, dos cafés, dos vinhos, dos bons brindes, dos chopes, dos encontros, dos petiscos, das melhores feijoadas, dos shows,  dos melhores sashimis, das empanadas, do Mercearia, da Vila Madalena, das praças, dos parques, das livrarias, dos lançamentos, das exposições, dos cinemas, dos bares, dos restaurantes, da boemia...
São Paulo. São Paulo, my love.
São Paulo da minha casa, das minhas plantas, dos meus livros, dos meus amigos incríveis, da minha afilhada, do meu sobrinho, de parte da minha família linda, dos encontros na minha casa, das bebedeiras na casa dos meus amigos, do bate papo em mesas de bar, das confissões, dos bons conselhos, do trabalho que amo, da minha cama, das minhas coisas coloridas, das minhas borboletas...
São Paulo São Paulo, my love. 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Não!


Quem sabe dizer não? Difícil. Chego a comparar com um parto (mesmo nunca tendo passado por um). Depois do “não” nascido, dá muito orgulho de si mesmo. Você, de repente, se torna grande. Alguém que sabe fazer escolhas – mesmo que sejam erradas, naquele momento pareciam certas (já vale).
O aprendizado dessa palavrinha milagrosa é mesmo dolorido (para a maioria, ao menos). Seja no amor, no trabalho, em casa ou na rua dizer “não” não é tão simples como deveria.
Protelamos o “não” para evitar a mágoa, a pena, a falta de cuidado, a espera pela hora certa (que nunca chega), a chateação, a agressão, o grito, a lágrima...
Em um relacionamento decidimos aceitar muitas coisas por pura covardia, achando que – na verdade – isso é altruísmo. Bobagem. Pensar no outro é ser egoísta em primeiro lugar. Acontece quando conseguimos nos libertar e fazemos com que o outro se liberte também. Ao dizer “não”, estamos na verdade encorajando a outra pessoa a se valorizar, a buscar alguém melhor – por mais que no primeiro momento doa (para ambos).   
No trabalho, dizer não é lutar pela a sua verdade, pelo o que é melhor para você, por um salário melhor. É ser... egoísta! Sim, e por que não?
Em casa ou na rua dizer "não" é aceitar a sua verdade. É reconhecer quem você é. Sem culpa, sem remorso, sem silêncio. Declarar sua personalidade, suas teorias, seu jeito. Sem medo.
Mas... dizer “não” não é fácil, tampouco alivia. No primeiro momento, o “não” é terrível e sofredor também para quem o diz. Aprender a dizê-lo é quase uma lição de vida. Porém, depois de feito - no momento certo, com a pessoa e a situação certa -, a sensação (depois do primeiro choque) é de satisfação total consigo mesmo. É o orgulho de ter finalmente entendido que a felicidade também está em negar o que não se quer.